terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PROMOÇÃO! VACINA ANTI-RÁBICA GRATUITA!

Já pensou em vacinar seu cão ou gato com uma vacina anti-rábica importada, ética (saiba o que isto significa clicando aqui), com alto poder imunitário e de graça? Pois é. Em parceria com a AVIPEC a Amicão irá distribuir 60 doses de vacina anti-rábica RABDOMUN®. E participar é Fácil:

1º Compartilhe o anúncio desta promoção no Facebook;
2º Curta a Fanpage da Amicão no Facebook;
3º Preencha o formulário da promoção (clique aqui).

Você já está credenciado a receber gratuitamente até duas doses a vacina RABDOMUN® para seu pet.
 
ATENÇÃO: outra forma de participar da promoção é por telefone: 
Ligue: (88) 3691 1762 e solicite sua adesão à promoção Amicão no combate à raiva, rsponada às perguntas para efetivação de seu cadastro e pronto!!

Porém, há algumas regras que devem ser observadas:
- Serão disponibilizadas até 02 (duas) doses de vacina por cadastro, devendo estas duas doses serem utilizadas até dia 15 de fevereiro de 2012, quando termina a promoção;
- Somente serão vacinados cães e gatos com idade a partir de 4 meses de idade;
- Os animais deverão estar saudáveis na data da aplicação;
- Não serão vacinadas fêmeas prenhes;
- É obrigatória a presença do animal e do responsável pelo cadastro na Amicão;
- A Amicão não se responsabilizará pelo transporte de animais, tão pouco realizará vacina promocional em domicílio;
- Após o cadastro você receberá um e-mail confirmando o período em que a vacina estará à sua disposição;
- Fica obrigado o participante a comparecer na Amicão no período estabelecido (serão defino das 2 datas para você levar seu animal);
- A Amicão não se responsabilizará em caso de cadastros efetuados após a expiração da promoção, ou após o término das 60 doses promocionais;
- Os participantes concordam que poderão ter fotos de seus animais utilizadas em ações promocionais e de divulgação da Amicão e de seus parceiros;
- Quais quer outras situações alheias às regras ora apresentadas serão avaliadas pelo corpo técnico da Clínica Veterinária Amicão.

Então: seja rápido!

Raiva em cães e gatos

A Raiva é uma doença provocada por vírus que acomete o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo animais de estimação e o homem. Apesar da resposta positiva em algumas pessoas tratadas, admite-se que ainda hoje a raiva é uma doença com letalidade aproximada de 100%, daí sua gravidade. É uma das doenças mais antigas que se tem conhecimento, tendo sido provavelmente a origem de diversas lendas, mitos e histórias, como é o caso do lobisomem.
Transmissão: A raiva é transmitida pela saliva do animal doente. A contaminação se dá pela contaminação de ferimentos ou mesmo das mucosa de amimais, ou seres humanos, quando da mordida arranhão ou lambida de por uma animal doente. O vírus então, a partir do ponto de inoculação (mordida, arranhão ou lambedura) inicia um processo de migração por meio dos neurônio em direção ao cérebro.
Vírus da raiva
Diversos animais, silvestres e domésticos estão envolvidos no ciclo de transmissão da raiva, tais como morcegos, raposas, macacos, marsupiais, animais de produção  trabalho (bovinos, suínos, equinos etc) e claro, infelizmente nossos animais de estimação.
Período de incubação: O período de incubação (que vai da mordia ao surgimento dos primeiros sintomas) é muito variável. Há relatos de casos que demoraram meses, e mesmo anos, para se manifestar. De um modo geral, considera-se que o período de incubação é, em média de 2 semanas a 4 meses nos cães e de 3 semanas a 2 meses nos gatos. A velocidade depende de vários fatores tais como a profundidade e localização da lesão e a carga viral contaminante no ato da inoculação.
Salivação
Sintomas: Classicamente divide-se a riava nos animais de estimação em três períodos:
Fase prodrômica: cão ou gato passa por uma notável mudança no comportamento. Animais agitados ficam tranquilos e quietos, animais tranqüilos ficam agitados e ansiosos. De um modo geral é uma fase geralmente pouco percebida ou que não desperta maiores suspeitas.
Raiva (fase) furiosa: Nesta fase o animal fica altamente excitável, pode apresentar depravações de apetite (comem terra, pedra, madeira etc), salivação excessiva. No caso dos cães geralmente hpa mudança no latido que passa a parecer mais um uivo, e o animal pode parecer “engasgado”. A agressividade é marcante, avançando contra pessoas e outros animais. Geralmente o animal apresenta também uma tendênaia a buscar locais escuros. Com a evolução o aniimal pode apresetnar dificuldade de andar (inicialmente com mudanças nos membros posteriores). Nesta fase, o risco de mordidas é alto e portanto deve-se ter muito cuidado com animais que apresentem este tipo de sintomatologia.
Raiva (fase) paralítica: A dificuldade de andar se torna marcante, o animal não consegue comer nem beber e a salivação se intensifica. Finalmente o quedro evolui para o coma e a morte.
Vale aqui ressaltar que,salivação, dificuldade de caminhar, mudanças de comportamento e outros sintomas da raiva estão também presentes a muitas doenças. Procure um veterinário de sua confiança.
Diagnóstico:  Não é possível se realizar o diagnóstico de raiva apenas pela sintomatologia e tão pouco há exames que possam ser realizados no animal vivo. No caso de suspeita de raiva, recomenda-se o isolamento do animal suspeitos para evitar sua fuga e prevenir que este venha a agredir seres humanos e outros animais. O diagnóstico após a morte do animal é realizado pea coleta de um fragmento da medula espinhal do animal.
Tratamento: Não há tratamento para a raiva em animais. NO caso do paciente humano há protocolos que podem salvar a vida do paciente, porém estes tem sua aplicação ainda muito limitada.
O que fazer em caso de agressão por um animal:
- Lave o local afetado com água e sabão. Procure um posto de saúde mais próximo;
- Não mate o animal. Este, se possível deverá ficar preso e em observação por um período de 10 dias, independente do estado vacinal do animal. Durante este tempo, o animal deverá receber água e alimento regularmente;
- O animal deverá ficar em local seguro para evitar fugas;
- Se o animal adoecer, desaparecer ou morrer retorne imediatamente ao serviço de saúde;
- Nunca interrompa o tratamento ou deixar de tomar as vacinas prescritas pelo seu médico.
Como evitar ser mordido por um animal:
- Evite tocar em animais que estejam feridos, doentes, comendo, bebendo ou dormindo;
- Antes de tocar em uma animal pergunte ao proprietário se pode e n~ão há riscos;
- Não provoque nenhum animal, mesmo que esteja preso;
- Nunca tente separar brigas de animais;
- Ao entrar em grutas com grande infestação de morcegos, procure utilizar equipamento de segurança (máscara, óculos de proteção etc). Evite tocar nestes animais em quaisquer circunstâncias.
Prevenção
A prevenção da raiva se baseia essencialmente na prevenção às agressões, e na vacinação. Assim recomenda-se:
- Vacinar todos os animais com mais de 4 meses de idade;
- Procure manter seus animais presos. Na rua conduza-os sempre com guia ou coleira.


Juracir Bezerra Pinho
Médico Veterinário

Imagens: 
http://www.petinsurance.com
http://farm6.static.flickr.com/5041/5279807113_38247cf8f7.jpg
http://www.daff.gov.au/__data/assets/image/0004/114439/rabies2.jpg

sábado, 21 de janeiro de 2012

Maus tratos a animais

Hoje, em diversas cidades do do mundo (veja programação) estão sendo realizados manifestos e eventos contra os maus-tratos aos animais e em favor de mudanças na legislação pela adoção de penas mais severas contra quem comete este tipo de crime.
Mas e você, sabe como reconhecer, ou suspeitar, que seu animal está sendo vítima de maus-tratos? E sabe como proceder nestes casos?
Em primeiro lugar, há algumas dicas que podem indicar, que seu animal está sendo vítima de maus tratos, mas atenção, nem todo comportamento de repulsa a uma pessoa ou local significa que seu animal sofreu maus tratos aliou provocado pro aquela pessoa. A seguir algumas para identificas possíveis maus-tratos, em algumas circunstâncias:

Banho e Tosa
Observe o estabelecimento e como o serviço é prestado.É importante que haja um envolvimento eum manuseio adequado do prestador de serviço para com o animal. “Cães e gatos manuseados como se fosse uma boneca de plástico descabelada, cães sendo puxados para um lado e para o outro por uma só pata, tendo seus longos pelos embaraçados escovados com muita força e nenhum cuidado.  Olhos assustados, orelhas para trás e rabo, quando permitido, entre as pernas" imagine "se um nozinho no seu cabelo dói, como deve se sentie seu animal sente dor quando escovado com brutalidade!"
Comece a notar os sinais que o seu cão lhe dá quando está indo levá-lo ao banho. Repare como se comporta no momento em que vai para o colo da pessoa que o recebe no Pet Shop e como esta pessoa o recebe. Tire algumas horas do seu dia para observar o banho do seu cão pelo vidro da loja, ou então repare outros cães sendo lavados e escovados no mesmo local. 
Quando notar ações que não aprova, fale com o veterinário (é importatne que o estabelecimento possua veterinário) ou o proprietário do local, que pode não saber do que ocorre ali. Você está pagando pelo serviço e tem o direito de reclamar e o dever de denunciar qualquer ato de maus - tratos que o seu cão sofra!
É possível dar um belo banho, secar e escovar um cão sem que este seja tratado com um objeto. Basta capacitar os profissionais e escolhê-los dentre os que realmente gostam de cães e gatos. Quando o trabalho não é feito em “série”, mas de forma personalizada, o tempo não precisa ser tão curto para o grooming de um cão. Também é possível fazer associações positivas aos cuidados que o cão necessita de maneira que ele goste de ir ao local, tomar o banho e ser cuidado. Além de que, se for bem tratado e receber carinho irá gostar de voltar ao lugar.
Opte por lugares onde os animais são entregues em casa logo após o banho. 
Quando o pêlo do cão estiver com “nós”, peça para cortar ou tosar e não desembaraçar a qualquer custo. Não se prenda a estética, mas a higiene e bem-estar do seu animal."

Secretárias do Lar
Ah! Aqui reside um grande problema! Embora recebam para organizar e limpar a casa um número significativo delas detesta os “causadores de sujeira”. E embora em frente aos empregadores diga que esta tudo bem, podendo até fazer mimos nos cães, quando os tutores viram as costas podem cometer todo tipo de maus-tratos.
Opte por uma funcionária que realmente goste de cães, instale câmeras de filmagem de forma a ter registrado o que ocorre na sua casa durante a sua ausência. Deixe claro que o bem-estar do cão é a sua prioridade e não apenas o serviço dela bem feito. E mais, note os comportamentos que o seu cão tem perto da sua secretária.
“Cães são como crianças, e podem demonstrar gostar de uns e temem a outros.” Existem muitas pessoas que trabalham na função de doméstica e que adoram bichos!

Adestradores, Educadores Caninos, Babás e Passeadores
"Sobre as pessoas que ensinam algo ao seu animal de estimação, é fundamental compreender que não é possível estipular quantidade de aulas para que algo seja ensinado e ou modificado no comportamento do seu cão. Cada cão responde de uma maneira, dentro do seu tempo. Além de que a dedicação dos tutores aos treinos e o comprometimento de todas as pessoas envolvidas na rotina do cão são “peças chaves” no andamento dos treinos.
Treinos com uso de punição são mais rápidos e mais precisos, porem não são justificáveis!
Acompanhe as aulas, e quando precisar se ausentar, escolha outra pessoa para estar presente. Fique atento para a reação do seu cão quando o profissional chegar a casa. Note como ele se comporta depois das aulas. Não permita que uma pessoa sob a alegação de ensinar algo ao seu amigo uso um enforcador. Aqui também vale a dica de manter uma filmagem da sua casa quando está ausente, ou seguir vez ou outra, o passeador sem que ele perceba. 
Converse com os vizinhos para estarem atentos ao passeador enquanto anda na rua com o seu cão. Peça referências da babá, combine com algum parente para chegar na casa enquanto o profissional está fazendo a manutenção, filme...
Embora algumas das profissões ligadas ao manejo de cães, existem outras tantas. O que importa é notar o comportamento do se cão em relação a tais pessoas. 
Veterinários NÃO estão fora destas dicas de observação, devem SIM ser incluídos!

Fique atento aos seguintes comportamentos no seu cão:
- Rabo entre as pernas, orelhas para trás ou para baixo,
- Urinar quando a pessoa se aproxima ou chega no lugar,
- Deitar no chão com a barriga para cima quando a pessoa se aproxima ou fala com ele,
- Respiração ofegante,
- Salivação,
- Esquivar-se sem justificativa quando terceiros ou você levanta o braço ou se aproxima,
- Agressividade,
- Apatia, depressão,
- Tentativa de fulga...Nem todos os cães mostram sinais perceptíveis aos olhos de um leigo, por isto fique muito atento.
É claro que os sinais acima podem derivar de outros motivos e situações, mas se começar a notá-los depois de que o seu animal freqüenta algum lugar, ou quando fica aos cuidados de terceiro, pode ser um indício de algo maior está ocorrendo!
Um exemplo bem prático que posso dar é o caso dos meus cães que se estiverem deitados no chão e alguém se aproximar com uma vassoura, nenhum deles irá correr e sair de lá. São indiferentes ao objeto, sabe por que? Porque nunca apanharam de vassoura ou foram enxotados de um lugar com a ameaça de uma vassoura, portanto não associam o objeto a algo que possa fazer-lhes mal.
Tanto quanto o profissional que comete violência com o seu cão é culpado, o tutor que não atenta para tais fatos acaba sendo também. 

Mas, o que pode ser considerado mal-trato:
Os maus tratos contra animais são definidos no DECRETO Nº 24.645, de 10 de julho de 1934 , que no seu artido 3º define:
"Art. 3º - Consideram-se maus tratos: 
I - praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal;
II - manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração, o movimento ou o descanso, ou os privem de ar ou luz;
III - obrigar animais a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças e a todo ato que resulte em sofrimento para deles obter esforços que, razoavelmente, não se lhes possam exigir senão com castigo;
IV - golpear, ferir ou mutilar, voluntariamente, qualquer órgão ou tecido de economia, exceto a castração, só para animais domésticos, ou operações outras praticadas em benefício exclusivo do animal e as exigidas para defesa do 
homem, ou interesse da ciência;
V - abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como deixar de 
ministrar-lhe tudo que humanitariamente se lhe possa prover, inclusive 
assistência veterinária;
VI - não dar morte rápida, livre de sofrimento prolongados, a todo animal cujo extermínio seja necessário para consumo ou não; 
VII - abater para o consumo ou fazer trabalhar os animais em período adiantado de gestação;
VIII - atrelar, no mesmo veículo, instrumento agrícola ou industrial, bovinos com eqüinos, com muares ou com asininos, sendo somente permitido o trabalho em conjunto a animais da mesma espécie;
IX - atrelar animais a veículos sem os apetrechos indispensáveis, como sejam balancins, ganchos e lanças ou com arreios incompletos, incômodos ou em mau estado, ou com acréscimo de acessórios que os molestem ou lhes perturbem o funcionamento do organismo;
X - utilizar, em serviço, animal cego, ferido, enfermo, fraco, extenuado ou desferrado, sendo que este último caso somente se aplica a localidades com 
ruas calçadas;
XI - açoitar, golpear ou castigar por qualquer forma a um animal caído sob o veículo, ou com ele, devendo o condutor desprendê-lo do tiro para levantar-se;
XII - descer ladeiras com veículos de tração animal sem utilização das respectivas travas, cujo uso é obrigatório;
XIII - deixar de revestir com o couro ou material com idêntica qualidade de proteção, as correntes atreladas aos animais de tiro;
XIV - conduzir veículo de tração animal, dirigido por condutor sentado, sem que o mesmo tenha boléia fixa e arreios apropriados, com tesouras, pontas de guia e retranca;
XV - prender animais atrás dos veículos ou atados às caudas de outros;
XVI - fazer viajar um animal a pé, mais de 10 quilômetros, sem lhe dar descanso, ou trabalhar mais de 6 horas contínuas sem lhe dar água e alimento;
XVII - conservar animais embarcados por mais de 12 horas, sem água e alimento, devendo as empresas de transportes providenciar, sobre as necessárias modificações no seu material, dentro de 12 meses a partir da publicação desta Lei;
XVIII - conduzir animais, por qualquer meio de locomoção, colocados de cabeça para baixo, de mãos ou pés atados, ou de qualquer modo que lhes produza sofrimento;
XIX - transportar animais em cestos, gaiolas ou veículos sem as proporções necessárias ao seu tamanho e números de cabeças, e sem que o meio de condução em que estão encerrados esteja protegido por uma rede metálica ou idêntica, que impeça a saída de qualquer membro animal;
XX - encerrar em curral ou outros lugares animais em número tal que não lhes seja possível moverem-se livremente, ou deixá-los sem água e alimento por mais de 12 horas;
XXI - deixar sem ordenhar as vacas por mais de 24 horas, quando utilizadas na exploração do leite;
XXII - ter animais encerrados juntamente com outros que os aterrorizem ou molestem;
XXIII - ter animais destinados à venda em locais que não reúnam as condições de higiene e comodidades relativas (Eita que isto é só o que existe em Crateús);
XXIV - expor, nos mercados e outros locais de venda, por mais de 12 horas, aves em gaiolas, sem que se faça nestas a devida limpeza e renovação de água e alimento;
XXV - engordar aves mecanicamente;
XXVI - despelar ou depenar animais vivos ou entregá-los vivos a alimentação de outros;
XXVII - ministrar ensino a animais com maus tratos físicos;
XXVIII - exercitar tiro ao alvo sobre patos ou qualquer animal selvagem ou sobre pombos, nas sociedades, clubes de caça, inscritos no Serviço de Caça e Pesca;
XXIX - realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécies ou de espécie diferente, touradas e simulacros de touradas, ainda mesmo em lugar privado;
XXX - arrojar aves e outros animais nas casas de espetáculos e exibi-los, para tirar sortes ou realizar acrobacias;
XXXI - transportar, negociar ou caçar, em qualquer época do ano, aves insetívoras, pássaros canoros, beija-flores, e outras aves de pequeno porte, exceção feita das autorizações para fins científicos, consignadas em lei anterior.
Hoje o entendimento é que qualquer caso em que haja ato abusivo, que cause constrangimento ou dor ao animal é mal-trato. A Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98, em seu artigo 32, Cap. V condena todo aquele que "Praticar ato de abuso e maus-tratos à animais domésticos ou domesticados, silvestres, nativos ou exóticos", com pena de detenção de três meses a um ano, e multa (a pena é aumentada de um sexto a um terço se ocorre morte do animal)."

Quando e onde e como denunciar?
em primeiro lugar investigue. Certifique-se que realmente se caracteriza mal-trato. Procure obter provas (testemunhais, fotos etc). Se for possível procure conversar com o agressor. Procure mostrar que ele está cometendo um crime.  
Denuncie, procure a  delegacia para lavrar um Termo Circunstanciado, em função do artigo citado anteriormente da Lei 9.605/98. Denúncias por telefone podem ser feitas pelo telefone (88) 3692 3504 (Delegacia de Polícia Civil de Crateús), ou, em outros municípios pelo "Disque Denúncia":

SUL
RS - 181
SC - 181
PR - 181

SUDESTE
SP - 181
MG - 181
RJ - (21) 2253-1177 / 0300-253-1177 (Petrópolis)

NORDESTE
BA - 3235-000 (Capital) / 181 (Interior)
SE - 181
AL - 0800-2849390 Polícia Civil / (82) 3201-2000 P.M.
PE - (81) 3421-9595 (Capital) / (81) 3719-4545 (interior)
PB - 197
RN - 0800-84-2999
CE - (85) 3488-7877
PI - 0800-280-5013
MA - 3233-5800 (Capital) / 0300-313-5800 (interior)
TO - 0800-63-1190

NORTE
PA - (94) 3346-2250 / 181
AM - 0800-092-0500
RR - 0800-95-1000
AP - 0800-96-8080
AC - 181
RO - 0800-647-1016

CENTRO-OESTE
MT - 197
MS - 147
GO - 197
DF - 197

É importante que todas as pessoas se conscientizem que o respeito aos animais é uma premissa fundamental para um sociedade saudável e evoluida, e que a práticas de abusos constitui-se um crime. Necessário também se faz que a polícia e a justiça façam a lei ser cumprida e que agressores sejam devidamente responsabilizados e punidos.

Juracir Bezerra Pinho
Médico Veterinário

Fontes:
www.arcabrasil.org.br/animais/caes_e_gatos/maustratos.htm
www.educadoracanina.com.br






terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Leishmaniose Visceral (Calazar)

Quem mora em área em Crateús já sabe o desafio que é manter seu cachorro livre da leishmaniose, ou calazar. Esta é uma doença de ocorrência bastante comum na população canina de nossa cidade, com eventual registro de casos também em humanos. Outro ponto importante ligado a esta doença é a polêmica: o conflito de interesse (não sei se bem interesse, mas talvez, divergências filosóficas e procedimentos) entre os proprietários, médicos veterinários, pesquisadores, Ministério da Saúde acabam polemizando esta doença. Nesta postagem vou tentar expor da forma mais neutra possível a doenças e os diferentes posicionamentos que acercam para que cada um possa, de forma consciente, tirar suas próprias conclusões.
A doença: a leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença sistêmica grave, de curso lento e crônico que acomete principalmente canídeos domésticos e  selvagens e, eventualmente, o homem. è também detectada em alguns roedores (como o rato) e outras espécies animais. É provocada pelo protozoário Leishmania chagasi, e transmitida através da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis (também conhecido como mosquito palha).

Macrófago infectado pela L. chagasi
A doença ocorre quando um mosquito infectado pica um animal injetando o protozoário Leishmania chagasi no seu sangue. Após a infecção, o parasita infecta um grupo de células chamadas de macrófagos (que fazem parte do sistema de defesa do organismo). Estas células, que a princípio deveriam destruir os parasitas, acabam servindo de local para a reprodução do mesmo e, neste processo, acabam sendo destruídas liberando mais parasitas na corrente sanguínea do animal. Desta forma e com a progressiva multiplicação do número de parasitas diversos órgãos acabam por serem afetados, especialmente baço, fígado, rins, pele, medula óssea dentre outros órgãos e tecidos.

Lutzomyia longipalpis
O mosquito, por sua vez, se infecta ao ingerir o sangue de animais doentes, pela ingestão ou de parasitas livres ou ainda de macrófagos contaminados. Após um período, em que os parasitas sofrem algumas transformações e novos ciclos de multiplicação no mosquito, migram para suas glândulas salivares e pronto, o ciclo de transmissão está completo.

Os sintomas: Os sintomas de leishmaniose canina são muito vaiáveis. Diversos estudos apontam que a grande maioria dos animais, em torno de 57 a 62%, são assintomáticos (não apresentam nenhum sintoma) outros são oligossintomáticos (apresentam sintomas leves ), e apenas uma minoria apresenta sintomatologia severa. este fato causa muitas vezes o susto em proprietários de animais aparentemente saudáveis que acabam demonstrando resultados positivo a testes sorológicos.
Cão com sintomatologia de calazar
De um modo geral os animas doentes podem apresentar alguns dos seguintes sintomas:
- Aumento do nódulos linfáticos (ínguas);
- cansaço;
- perda de peso;
- perda de massa muscular;
- febre;
- diminuição do apetite;
- aumento do fígado;
- secreção nasal;
- feridas ma pele;
- descamação;
- hemorragia nasal (às vezes o animal espirra sangue);
- lesões oculares;
- crescimento das unhas.
Porém como dito anteriormente, muitos animais não apresentam nenhum sintoma!

O diagnóstico: Em virtude da grande variedade de sintomas a leishmaniose visceral é uma doença que às vezes apresenta um grande desafio diagnóstico por meio da clínica. Um clínico experiente terá uma grande suspeita nos casos mais característicos, porém o diagnóstico definitivo é determinado pela realização de exames laboratoriais específicos.


O tratamento: Este é certamente o ponto mais polêmico em relação à leishmaniose visceral canina. Em primeiro lugar, deve-se ter em mente que apesar da cura clínica o animal não fica totalmente livre do parasita, que persiste ainda na medula óssea do animal. O tratamento exige um grande compromisso por parte do proprietário do animal, um contínuo acompanhamento  veterinário e pode perdurar por toda a vida do animal. Mas então, qual a grande polêmica? No Brasil, o tratamento de animais positivos para a leishmaniose é proibido, sendo definido  que estes animais devem ser eutanasiados (portaria interministerial nº 1426/2008). 
Neste ponto faço uma manifestação pessoal. Acho lamentável a culpa imposta aos cães, como se estes fossem os únicos responsáveis pela doença. Na verdade a leishmaniose está muito relacionada a condições inadequadas de higiene e saneamento nas cidades, às péssimas condições de moradia, à má alimentação da população, à posse irresponsável de animais. Concordo que não são todos os animais doentes que são candidatos ao tratamento, cada caso é um caso, porém discordo que a única política pública seja pautada exclusivamente em identificar animais positivos e eliminá-los (muitas vezes de forma desumana). 


Prevenção: A prevenção da leishmaniose pode ser feita pela utilização de vacina, coleira repelente, utilização de telas nos canis, plantação de vegetais repelentes (como é o caso da citronela) próximo aos canis, manutenção de ambiente limpo, evitar passear com seu animal ao anoitecer e ao  ao amanhecer, quando o mosquito é mais ativo. Pode se forma adicional, porém com maior risco de contaminação para seu animal, fazer aplicação de inseticidas no ambiente e principalmente procure se informar. Procure um veterinário de sua confiança tire suas dúvidas e lembre-se de levar seu animal regularmente ao veterinário.


Juracir Bezerra Pinho
Médico Veterinário




Fotos:
http://www.saudeanimal.com.br/imagens/leishmania.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/17/Phlebotomus_pappatasi_bloodmeal_begin.jpg/220px-Phlebotomus_pappatasi_bloodmeal_begin.jpg
http://www.liv.ac.uk/researchintelligence/issue18/images/W046387R.jpg

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Câncer em animais de estimação

Os avanços na medicina veterinária tem possibilitado, cada vez mais, uma efetiva melhoria na prevenção, diagnóstico e na cura das doenças. Assim, de forma similar ao que ocorre aos seres humanos, tem-se observado, nos últimos anos, o aumento na longevidade e na qualidade de vida de nossos animais de estimação. Porém, com  aumento da longevidade, tem se tornado cada vez mais comum, a ocorrência de câncer. Estudos realizados pela Morris Animal Fundation (http://www.morrisanimalfoundation.org) apontam que 25% dos animais de estimação acabam morrendo de câncer, elevando-se este índice para 50% nos animais com mais de 10 anos.
Mas o que é um câncer? As células que compõem nosso corpo e o dos nossos animais estão em constante divisão. Este processo é importante, por exemplo, para a reposição de células que morrem, permitem também o crescimento dos indivíduos, sendo portanto um processo natural e rigidamente controlado  pelo nosso organismo. Quando falamos de câncer, estamos tratando de um grupo de doenças que se caracterizam pela perda do controle desta divisão em uma determinada célula. Esta divisão descontrolada leva à perda da funcionalidade ou a mudanças no funcionamento de órgãos, causar a compressão de estruturas importantes no organismo (com o cérebro, por exemplo)  ou ainda, invadir outros órgãos e tecidos (processo conhecido como metástase).
Quais os sintomas? Seria uma grande pretensão minha aqui querer falar em uma única postagem sobre os diversos tipos de câncer que acometem os animais domésticos (claro, vou dedicar ainda algumas postagens a alguns tipos específicos mais comuns) porém, há alguns sintomas que podem ser indicativos de câncer em animais de estimação. Ressalto que estes sintomas são comuns a várias doenças, não sendo, necessariamente indicativo que seu animal esteja com câncer, somente seu veterinário poderá fazer o diagnóstico adequado:
- Surgimento de nódulos, "massas" ou  "caroços" em qualquer parte do corpo do seu animal;
- Mudança no tamanho ou forma de algum nódulo já pré-existente;
- Ferimentos que não cicatrizam;
- Dificuldade de comer/engolir;
- Aumento do volume abdominal;
- Corrimento nasal, especialmente se houver sangue;
- Dificuldade de urinar, urina com sangue (também muito comum com infecções do trato urinário);
- Esforço para defecar ou ainda fezes "finas" ou ainda em forma de fita;
- Vômitos e diarréria persistentes (comuns em várias outras doenças);
- Claudicação (o animal fica mancando) ou ainda pode ocorrer alterações no andar;
- Mal hálito, salivação excessiva, "movimento" ou amolecimento dos dentes;
- Secreção ou odores nas  orelhas (também comuns em casos de infecções (otites));
- Aumento na ingestão de água;
- Falta de apetite, fraqueza;
- Perda de peso.
Estes são apenas alguns sintomas, muitos outros podem ocorrer,conforme o tipo e localização do câncer. 
Como tratar câncer em uma animal de estimação? O tratamento do câncer varia conforme uma série de fatores que envolvem, o tamanho e localização da lesão, o tipo de câncer, a idade do animal, a ocorrência ou não de metástases. De um modo geral, pode-se optar pela remoção cirúrgica, quimioterapia ou ainda, em alguns centros especializados, radioterapia.
Como prevenir? A prevenção dos diferentes tipos de câncer passam por uma série de ações/hábitos simples:
- A esterilização de fêmeas ou a castração dos machos são ótimas formas de prevenir uma grande variedade de canceres. Evite ao máximo o uso de anticoncepcionais (para saber mais, clique aqui);
- Forneça para seu animal uma alimentação saudável (consulte seu veterinário), evite "comida de panela", procure fornecer ração de qualidade e controle o peso de seu animal (para saber mais, clique aqui);
- Se você usar produtos químicos para limpar o chão, fertilizantes químicos em suas plantas, ou ainda herbicidas para matar ervas daninhas em seu jardim, há uma boa chance de seu animal de estimação tenha contato com estes produtos ou com as áreas em que foram aplicados;
- Procure manter seu animal com a boca sempre limpa, faça escovação frequente  e solicite, sempre que necessário, a remoção de tártaro de seu animal  (para saber mais, clique aqui);
- Não fume próximo a seu animal, a superfície nasal, em especial dos cães, é um verdadeiro atrativo para substâncias cancerígenas no ar, e o cigarro é uma importante fonte destas substâncias;
- Faça, você mesmo, um exame mensal em seu animal. toque com as mãos todo o corpo do seu animal, procure por  caroços e nódulos. Preste também atenção aos sintomas listados anteriormente;
- Visitas frequentes ao seu veterinário também são importantes, possibilitando o diagnóstico precoce não apenas de câncer, mas de várias outras doenças (para saber mais, clique aqui).
Com atenção, carinho e cuidado seu amigão vai ter uma vida longa e saudável. Em caso de dúvidas, consulte um veterinário de sua confiança.

Juracir Bezerra Pinho
Médico veterinário


Imagens:
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