A Raiva é uma doença provocada por vírus que acomete o sistema nervoso central de mamíferos, incluindo animais de estimação e o homem. Apesar da resposta positiva em algumas pessoas tratadas, admite-se que ainda hoje a raiva é uma doença com letalidade aproximada de 100%, daí sua gravidade. É uma das doenças mais antigas que se tem conhecimento, tendo sido provavelmente a origem de diversas lendas, mitos e histórias, como é o caso do lobisomem.
Transmissão: A raiva é transmitida pela saliva do animal doente. A contaminação se dá pela contaminação de ferimentos ou mesmo das mucosa de amimais, ou seres humanos, quando da mordida arranhão ou lambida de por uma animal doente. O vírus então, a partir do ponto de inoculação (mordida, arranhão ou lambedura) inicia um processo de migração por meio dos neurônio em direção ao cérebro.
Vírus da raiva |
Diversos animais, silvestres e domésticos estão envolvidos no ciclo de transmissão da raiva, tais como morcegos, raposas, macacos, marsupiais, animais de produção trabalho (bovinos, suínos, equinos etc) e claro, infelizmente nossos animais de estimação.
Período de incubação: O período de incubação (que vai da mordia ao surgimento dos primeiros sintomas) é muito variável. Há relatos de casos que demoraram meses, e mesmo anos, para se manifestar. De um modo geral, considera-se que o período de incubação é, em média de 2 semanas a 4 meses nos cães e de 3 semanas a 2 meses nos gatos. A velocidade depende de vários fatores tais como a profundidade e localização da lesão e a carga viral contaminante no ato da inoculação.
Salivação |
Sintomas: Classicamente divide-se a riava nos animais de estimação em três períodos:
Fase prodrômica: O cão ou gato passa por uma notável mudança no comportamento. Animais agitados ficam tranquilos e quietos, animais tranqüilos ficam agitados e ansiosos. De um modo geral é uma fase geralmente pouco percebida ou que não desperta maiores suspeitas.
Raiva (fase) furiosa: Nesta fase o animal fica altamente excitável, pode apresentar depravações de apetite (comem terra, pedra, madeira etc), salivação excessiva. No caso dos cães geralmente hpa mudança no latido que passa a parecer mais um uivo, e o animal pode parecer “engasgado”. A agressividade é marcante, avançando contra pessoas e outros animais. Geralmente o animal apresenta também uma tendênaia a buscar locais escuros. Com a evolução o aniimal pode apresetnar dificuldade de andar (inicialmente com mudanças nos membros posteriores). Nesta fase, o risco de mordidas é alto e portanto deve-se ter muito cuidado com animais que apresentem este tipo de sintomatologia.
Raiva (fase) paralítica: A dificuldade de andar se torna marcante, o animal não consegue comer nem beber e a salivação se intensifica. Finalmente o quedro evolui para o coma e a morte.
Vale aqui ressaltar que,salivação, dificuldade de caminhar, mudanças de comportamento e outros sintomas da raiva estão também presentes a muitas doenças. Procure um veterinário de sua confiança.
Vale aqui ressaltar que,salivação, dificuldade de caminhar, mudanças de comportamento e outros sintomas da raiva estão também presentes a muitas doenças. Procure um veterinário de sua confiança.
Diagnóstico: Não é possível se realizar o diagnóstico de raiva apenas pela sintomatologia e tão pouco há exames que possam ser realizados no animal vivo. No caso de suspeita de raiva, recomenda-se o isolamento do animal suspeitos para evitar sua fuga e prevenir que este venha a agredir seres humanos e outros animais. O diagnóstico após a morte do animal é realizado pea coleta de um fragmento da medula espinhal do animal.
Tratamento: Não há tratamento para a raiva em animais. NO caso do paciente humano há protocolos que podem salvar a vida do paciente, porém estes tem sua aplicação ainda muito limitada.
O que fazer em caso de agressão por um animal:
- Lave o local afetado com água e sabão. Procure um posto de saúde mais próximo;
- Não mate o animal. Este, se possível deverá ficar preso e em observação por um período de 10 dias, independente do estado vacinal do animal. Durante este tempo, o animal deverá receber água e alimento regularmente;
- O animal deverá ficar em local seguro para evitar fugas;
- Se o animal adoecer, desaparecer ou morrer retorne imediatamente ao serviço de saúde;
- Nunca interrompa o tratamento ou deixar de tomar as vacinas prescritas pelo seu médico.
Como evitar ser mordido por um animal:
- Evite tocar em animais que estejam feridos, doentes, comendo, bebendo ou dormindo;
- Antes de tocar em uma animal pergunte ao proprietário se pode e n~ão há riscos;
- Não provoque nenhum animal, mesmo que esteja preso;
- Antes de tocar em uma animal pergunte ao proprietário se pode e n~ão há riscos;
- Não provoque nenhum animal, mesmo que esteja preso;
- Nunca tente separar brigas de animais;
- Ao entrar em grutas com grande infestação de morcegos, procure utilizar equipamento de segurança (máscara, óculos de proteção etc). Evite tocar nestes animais em quaisquer circunstâncias.
Prevenção
A prevenção da raiva se baseia essencialmente na prevenção às agressões, e na vacinação. Assim recomenda-se:
- Vacinar todos os animais com mais de 4 meses de idade;
- Procure manter seus animais presos. Na rua conduza-os sempre com guia ou coleira.
Juracir Bezerra Pinho
Médico Veterinário
Juracir Bezerra Pinho
Médico Veterinário
Imagens:
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http://www.daff.gov.au/__data/assets/image/0004/114439/rabies2.jpg
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